Na minha terra conta-se que, no inverno, à lareira, quando ainda não havia as modernices de hoje, pais e avós juntavam-se para contar histórias. As mães diziam: Venham meninos vamos às contas! Claro que não eram só os meninos que se juntavam. Era a família inteira e mais os vizinhos e até os animais que lá por casa passeavam se aninhavam para saborear mais uma noite de histórias, contos, ditos e mexericos...
Seguidores
domingo, dezembro 31, 2006
segunda-feira, dezembro 04, 2006

Sim, foi o que Astrid Lindgren fez, em meados do século XX, quando que se esperava que as raparigas só bordassem, brincassem com bonecas e tivessem caracóis no cabelo.
Ao publicar Pippi das Meias Altas os professores ficaram furiosos, os pais ficaram preocupados e alguns críticos chegaram mesmo a falar de crise da moral pública.
Qual a razão de tamanha preocupação? Bem, Pippi era uma rapariga diferente: tinha ideias próprias e lutava por elas, sabia o que queria e sobretudo era cheia de uma autoconfiança que ainda hoje nos surpreende.
Astrid Lindgren, com a sua Pippi das Meias Altas revolucionou a Literatura infantil não só na Suécia mas em todo o Mundo!
terça-feira, novembro 21, 2006
A Árvore
terça-feira, outubro 17, 2006

Por que não ensinar através das histórias?
O Labirinto de Joana, de Eugénia Soares Lopes, é um livro de fácil leitura, que ao contar as histórias da Luana aborda alguns problemas matemáticos. Estes, podem servir de base para desmistificar o medo que os nossos alunos têm desta disciplina e, por esta razão, apresentam dificuldade na sua aprendizagem.
“Um dia Luana pede à feiticeira Ana, a sua madrinha, que lhe conte a história do labirinto que encobre a sua pequena casa…”
"- Cinco milhões, cinco milhares e cinco visitantes. Uma capicua! - exclamou sorridente, a feiticeira."
quinta-feira, outubro 05, 2006

POESIA
Normalmente a poesia não é muito bem aceite pelas nossas pequenas crianças leitoras e mesmo pelos jovens leitores. Estes acham que é "lamechas" ler poesia e aqueles, nunca foram estimulados para o fazer.
Competirá aos mediadores adultos fazer a ponte, entre esta maneira de "falar e de dizer" as ideias poéticas, através de palavras, que se destacam pelas sonoridades, pela deslocação dos seus lugares habituais, nas frases, e pela estranheza dos seus significados metafóricos.
Esta ponte que necessariamente os mediadores têm que fazer passará também pela forma como lêem o poema pois, ele viverá ou morrerá dependendo desta leitura.
Então, para os que dão importância à poesia como estratégia aqui vão algumas notas sobre "Como ler um poema em voz alta":
- Ler o poema devagar- ler devagar é a melhor forma do poema ser entendido por quem lê e por quem ouve; a leitura calma permite que se consigam aproveitar todas as potencialidades das palavras que são ditas;
- Ler num tom de voz normal e relaxado - não é necessário acentuar dramáticamente a leitura; o estilo coloquial adequa-se à maior parte da poesia. As palavras é que fazem todo o trabalho;
- Fazer pausas através da pontuação- obviamente que os poemas são escritos em verso. Contudo, as pausas devem ser consideradas, não no final dos versos, mas pela pontuação;
- Ler com convicção - isto significa conhecer todos os significados das palavras, de forma poder-se transmitir, através da expressão facial, ou outra, o verdadeiro sentido de todo o poema;
domingo, outubro 01, 2006

No início do ano lectivo, certamente que alguns professores se vêem confrontados com alunos que não gostam da escola por variadíssimas razões. Ou por terem tido más experiências, no ano anterior, quer com alguns colegas, no recreio ( a violência tem acontecido um pouco por toda a parte), quer com algum professor ou disciplina que não tenha gostado tanto, ou ainda simplesmente porque as suas própria expectativas e as da sua família em relação à escola são muito baixas.
Este livro aborda de uma maneira divertida estes temas, sugerindo diálogos entre crianças e adultos que poderão consistir naquelas perguntas básicas que nós professores nos fazemos sempre: O que é a escola e para que serve:
Era uma vez uma menina
Que não gostava de aprender
O seu nome era Ana Rita
E queria ver a escola a arder.
terça-feira, setembro 26, 2006
Este dia foi criado pelo Conselho da Europa para:
- Chamar a atenção do público sobre a importância da aprendizagem das línguas
- Manter e favorecer a rica diversidade linguística da Europa
- Sensibilizar para o valor de todas as línguas faladas na Europa
- ...
O MULTILINGUISMO E O PLURILINGUISMO PERMITEM-NOS TER ACESSO AOS LIVROS NA SUA FORMA ORIGINAL!!!
PERMITEM-NOS LER EXACTAMENTE O QUE OS ESCRITORES ESCREVERAM PARA NÓS!
ESTA MAIS VALIA DEVE SER INCENTIVADA POR TODOS AQUELES QUE ACREDITAM QUE A LITERATURA PODE SER UMA FONTE DE ENTENDIMENTO ENTRE OS POVOS.
sábado, setembro 23, 2006

das
Histórias Tradicionais
O Glossário das histórias tradicionais foi iniciado na disciplina de Gramáticas e Dicionários na aprendizagem da língua, do mestrado de Análise textual e Literatura Infantil, na Universidade do Minho, sob a coordenação do Professor Fernando Azevedo. Este trabalho visou a elaboração de um dicionário experimental, para a infância, baseado em contos tradicionais infantis.
O primeiro trabalho, da minha autoria, foi baseado no conto “Os Músicos de Bremen” dos irmãos Grimm e começa assim:
Vais entrar num mundo maravilhoso ...
O mundo das palavras...
E as palavras estão nos livros das histórias que tu gostas de ouvir ou de ler.
Contudo, às vezes, não compreendes ainda todas as palavras que lês ou, se já as conheces , queres saber exactamente o seu significado. Neste glossário, poderás desenvolver essa curiosidade!
As respostas estão nos livros
e há muitos livros para leres!

sexta-feira, setembro 22, 2006
As maravilhas da leitura



para explorar novas terras...
Que a viagem comece!
quinta-feira, setembro 14, 2006
Encruzilhada no tempo

segunda-feira, setembro 04, 2006
"I would ask you to remember this one thing. The stories people tell have a way of taking care of them. If stories come to you, care for them. And learn to give them away where they are needed. Sometimes a person needs a story more than food to stay alive. That is why we put these stories in each other's memory. This is how people care for themselves. . . . Never forget these obligations."
As human beings, all of us tell and listen to stories. Often, we use words to tell about our own exploits, the deeds and misdeeds of family members, the strange and inexplicable adventures of others, and the journeys of some rather magical, once-upon-a-time characters. Sometimes we tell stories through things such as quilts and carvings and embroidery.
Whatever our medium, the aim is the same: to hook the audience and entice them into traveling along, into listening. As writer Susan Lowell reminds us, "Storytellers, like apostles, are fishers of men [and women]."
Carta aos pais
Queridos pais,
Este ano, um dos nossos objectivos é conseguir que os nossos alunos gostem cada vez mais de ler! Por isso estamos aqui a pedir a vossa colaboração!
Todos sabemos que ler é bom para as crianças e jovens. Estimula a imaginação, desenvolve o vocabulário e aumenta a compreensão em geral. Também é divertido. Se formos leitores assíduos nunca nos sentimos sozinhos, aprendemos uma grande quantidade de conhecimentos e viajamos pelo mundo, sem sairmos do conforto do nosso sofá. Se quiserem o melhor para as crianças e jovens temos a certeza que os encorajarão a ler!
Pensamos que uma maneira de prender as crianças aos livros é ler em voz alta, não só para os que estão ainda a aprender a ler, mas também para os que já sabem. É indiferente se escolherem livros de contos tradicionais, os clássicos infantis que foram os vossos favoritos, ou novos autores contemporâneos. O que importa é que se leia boa literatura!
Muitas vezes os adultos receiam não ser expressivos na leitura de histórias. Nada de preocupações! Desde que leiam devagar e claramente a maior parte das crianças ouvirão fascinadas. Leiam somente, e as palavras farão todo o trabalho!
Por que não começar já hoje com dez minutos de leitura? Se resultar bem – temos a certeza que sim – continuem no dia seguinte e no próximo… até se tornar parte das rotinas familiares!
Felizes leituras!
Virgínia Coutinho
Ana Maria Silva
sábado, setembro 02, 2006

- Porque é divertido.
- Porque mantém a imaginação activa.
- Porque fortalece os laços familiares com as crianças que também lêem.
- Porque proporciona modelos para as crianças e adolescentes.
- Porque nos religa a referências culturais que de outra maneira poderíamos perder.
- Porque é mais rápido. Os livros para crianças são geralmente mais pequenos. Portanto, se não temos tempo para ler, lemos livros para crianças.
- Porque nos permite ler todos os géneros de literatura. Os livros para crianças geralmente não se limitam a um só género: mistério, ficção científica, fantasia, policiais. São polivalentes.
- Porque é como se estivéssemos a viajar no tempo. É uma forma fácil de nos lembrarmos da criança que fomos.
- Porque é muitas vezes fonte de inspiração: ler sobre heróis, heroínas lealdade ou coragem faz-nos querer ser pessoas melhores...´
- Porque… ah já mencionei que também é divertido?
Adaptado de Jen Robinson
Ciência e Poesia
quarta-feira, agosto 30, 2006
A Lenda de Despereaux
sexta-feira, agosto 25, 2006
Nunca é de mais lembrar a Década da Literacia

The United Nations General Assembly has declared that the period from 2003 to 2012 will be known as the United Nations Literacy Decade (UNLD).Since literacy is at the heart of UNESCO’s mandate, the Organisation was asked by the General Assembly to “take a coordinating role in stimulating and catalyzing the activities undertaken at the international level” during the Literacy Decade.
This challenging task requires UNESCO to promote the creation of a literate environment under the slogan of Literacy as Freedom.UNLD also endorses the expanded notion of literacy which is not limited to the generic skills of reading, writing and calculating, but is instead a human right related to development. Literacy may be culturally, linguistically and even temporally diverse. It does not fall in one-shot learning occasion but in lifelong learning.The Literacy Decade presents the international community and UN Member States with an unparalleled opportunity to increase their attempts and efforts to meet the literacy and NFE goals set for EFA and Millennium Development goals. In particular, the Decade gives special attention to achieving a 50% improvement in adult literacy by 2015 as well as equitable access to basic and continuing education for all adults (EFA goal 4). It also focuses on meeting the learning needs of those who are excluded from quality learning (EFA goal 6). The Decade will also play a vital role in realising the Millennium Development Goals (MDGs); which focus on eradication of poverty.
Resolution 56/116
terça-feira, agosto 22, 2006

- Se és adulto e te lembras da magia do primeiro livro, talvez recostado nos braços dos pais ou partilhando-o com um amigo ou ainda sozinho no aconchego do teu quarto;
- Se és criança ou jovem e tens livros de literatura infantil, de autores portugueses ou estrangeiros, que já leste quando eras mais novo, ou se tens muitos livros ;
Questionário importante!
- 1. Um livro que mudou a tua vida?
- 2. Um livro que leste mais de uma vez?
- 3. Um livro que queiras levar para uma ilha deserta?
- 4. Um livro que te tenha feito rir?
- 5. Um livro que te tenha feito chorar?
- 6. Um livro que gostasses de ter escrito?
- 7. Um livro que não gostasses de ter escrito?
- 8. Um livro que estejas a ler?
- 9. Um livro que queiras ler?
- 10. Um livro em que quisesses viver?


Passando os olhos pelo Blog de Jen Robinson deparei com a ideia de elaborar listas de livros temáticas.De entre os temas, um deles me chamou a atenção porque o tinha trabalhado, este ano com os meus alunos: Raparigas especiais da Literatura Infantil. Replicando para a Literatura contemporânea Portuguesa lembrei-me imediatamente de Beatriz e o Plátano de Ilse Losa.
Beatriz enfrenta com firmeza os trabalhadores da Câmara que querem cortar o Plátano e sai vencedora da demanda.
Tal como Beatriz também Hermione, companheira inseparável de Harry Potter, é esperta e psicológicamente forte e quer ela quer Beatriz poderão ser modelos interessantes para as raparigas de hoje.
A ideia será continuar esta lista de personagens femininas, decididas e corajosas, na literatura de recepção infantil portuguesa e não só.
Quem tem mais ideias?
segunda-feira, agosto 21, 2006
Do tamanho do Coração

"Eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura."
De facto, quando Andrea foi apanhada, na despensa, a comer as bolachas ela respondeu à mãe: "Eu...eu...medi a altura do chão até às bolachas com...com o coração! E depois...depois eu fiz o que ele pediu..."
A partir dessa altura Andrea nunca mais ficou triste. Pelo menos por causa do seu tamanho.Quando alguém se metia com ela "...nessas ocasiões, Andreia sentia agora um calorzinho no peito. É que ela tinha crescido. Crescido por dentro! Ela tinha descoberto que cada um tem o tamanho do seu coração!
E, se formos ver pelo coração...Andreia é tão alta! Alta como uma torre!"
segunda-feira, julho 31, 2006
As pessoas zangadas

Este ano tive uma profunda preocupação peloa alunos rapazes da minha turma do 5º E que manifestamente não gostavam de ler e sobretudo não se interessavam pela generalidade dos livros que os professores lhes propunham. Também me preocupava a maneira como a maioria destes rapazes estava a passar pela vida: sempre maldispostos, zangados com o mundo, com eles próprios, com a escola e com os professores.
terça-feira, julho 25, 2006
quarta-feira, junho 28, 2006
segunda-feira, junho 26, 2006

Uma boa história para contar é Humberto e a Macieira de Bruno Hachler, com imagens de Albrecht Rissler.
"Todas as manhãs, quando se levantava, Humberto maravilhava-se com a beleza da sua árvore.."e achava que "na verdade, devemos dizer que não é nada aborrecido estar a observar uma árvore. Algumas são verdadeiras artistas da mudança."
Serão as mudanças que nós pretendemos construir nas nossas escolas ?Eu gosto mais de pensar que são as mudanças que semeamos em nós próprios para podermos fazer como o Humberto deste livro que "numa noite de Outono ...caminhara silenciosamente até à árvore e murmurara-lhe qualquer coisa ...e a árvore acenara em resposta!
sexta-feira, janeiro 20, 2006
Está na hora das contas!

Na minha terra conta-se que, no inverno, à lareira, quando ainda não havia as modernices de hoje, pais e avós juntavam-se para contar histórias. As mães diziam: Venham meninos vamos às contas! Claro que não eram só os meninos que se juntavam. Era a família inteira e mais os vizinhos e até os animais que lá por casa passeavam se aninhavam para saborear mais uma noite de histórias, contos, ditos e mexericos...
LED Text Scroller

Na minha terra conta-se que, no inverno, à lareira, quando ainda não havia as modernices de hoje, pais e avós juntavam-se para contar histórias. As mães diziam: Venham meninos vamos às contas! Claro que não eram só os meninos que se juntavam. Era a família inteira e mais os vizinhos e até os animais que lá por casa passeavam se aninhavam para saborear mais uma noite de histórias, contos, ditos e mexericos...