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sábado, dezembro 19, 2009

Mauri Kunnas



Mauri Kunnas is a famous Finish writer and ilustrator for children.

He was born in 1950, in a small town named Vammala, in the South West of Finland, near Tampere.

In 1978, he published his first book The Book of Finish Elves that is a tremendous sucess till now and is translated in many languages, as all of his literary and graphic work.

Kontio, (2003:1) says about Kunnas that:" (...) he has won the hearts across national borders. His stories have educated several generations on everything from the Finish national epic the Kalevala to the tales of King Arthur and his knights of the Round Table, and they continue to provide cross-cultural interaction in a way that is unprecedent. Kunnas has not only created a phenomenon, but become one himself: as a remarkable character of Finish literature and as an illustrator with a wild imagination."

In Portugal several books were published by Mauri Kunnas, in the eighties, and they probably need to be republished. At the same time Portuguese children should have the oportunity to read his latest stories and see his drawings full of immagination that atracts nowadays video generation.

Books published in Portuguese:
Ricky, Rocky and Ringo go to the Moon
Ricky, Rocky and Ringo on TV
Ricky, Rocky and Ringo's colourful Day

References
http://www.maurikunas.net
Kontio, Reija (2003) The importance to Finland of a One Man Phenomenon. Retrieved from http://www.uta.fi/, in 15/12/2009

sábado, outubro 17, 2009

Myoko Matsutani

MATSUTANI, Miyoko is a Japanese writer of stories for children.

She was born in 1926, in Kanda, Tokyo.
Her first story Kaininatta Kodomo no Hanashi (A Story of a Child turned into a Shell) appear in the magazine Dowa Kyoshitsu (A Classroom of Children's Stories), in 1948. Later, the story was published by Akane Publishing Co. as collected short stories entitled Kaininatta Kodomo (A Child turned into a Shell, 1951). The work won the first Japan Juvenile Literature Association Award for New Writers.
Like the Grimm brothers, she with her husband energetically collected oral stories and folktales through the interviews with the rural people in the Shinshu region, which inspired her to create a story Tatsunoko Taro (Taro the Dragon Boy, 1960) in her unprecedented literary style. Matsutani describes the story as a "collaboration of ancestors and myself." Interspersed with classical children's rhymes, her narrative style flows with a beautiful rhythm exquisitely resonant with the inherent power of story-telling. The work received the first Kodansha Award for Newcomers, the Sankei Juvenile Literature Publishing Culture Award, and the Hans Christian Andersen Award-Honour List (current IBBY Honour List) in 1962.
Along with her enthusiasm in creating children's fictions based on folktales, the autobiographical narrative in her Chisai Momo-chan (Little Momo-chan, 1964) brought a fresh air to the genre. The lively tone in the depiction of a child's daily life with her working mother captured readers' hearts. The work won the Noma Prize for Juvenile Literature and the NHK Juvenile Literature Encouragement Prize. Subsequently, she worked on the series of Momo-stories following the girl's growth, such as Momo-chan to Pooh (Momo-chan and Poo, 1970).
Particularly, Chisai Akane-chan made a big challenge in dealing with a topic on a parent's divorce, a conventional taboo in the realm of children's literature, by putting the serious subject into focus in a touch of fairytale style.
Matsutani also wrote the so-called protest literature and war-stories for younger children such as Machinto (A Little more, 1978) and Oide-Oide (Come here, 1984), for example. They were written for those children in the next generation who do not have any experience of real war.

It is really a pity we don't have one single book translated into the Portuguese language...

(The text was collected from IBBY Japan)

To read more about Myoko Matsutani...

quarta-feira, agosto 12, 2009

Congresso IBBY, Santiago de Compostela, 2010

Para ler mais sobre o Congresso IBBY em Santiago de Compostela, no próximo ano (2010) visite o site http://www.ibbycompostela2010.org/.

terça-feira, junho 23, 2009

Mesa Redonda

As ilustrações aderem meramente à sequência narrativa ou saltam para além proporcionando comentários e sugestões adicionais à palavra escrita?
O texto gráfico potencia o desenrolar da história?
Percorrem as palavras e as imagens narrativas independentes ou seguem um único patamar de possibilidades?
Estas e outras questões serão possivelmente partilhadas na mesa redonda...
NOVOS CAMINHOS DA ILUSTRAÇÃO

Mesa redonda sobre ilustração no Norte de Portugal e Galiza Biblioteca Municipal de Vila Nova de Gaia, 3 de Julho, 18h30.


Com os ilustradores Gémeo Luis, Cristina Valadas, Luís Silva, Marc Taeger e José Manuel Saraiva

Moderador: Emílio Remelhe

terça-feira, maio 12, 2009

Ciclo das Fadas XIII

Era uma vez uma fada que se chamave Lisete que por não estar habituada a comer em demasia, caiu desmaiada a caminho do lago. Mimo, o velho castor seu amigo, ficou sem a ajuda habitual que Lizete lhe costumava prestar e por isso estava triste e quase a pensar que tinha sido abandonado à sua sorte.
Mas não, Lisete, com a ajuda dos amigos pirilampos, depressa chegou ao lago, atravessando os campos de papoilas, as árvores apaixonadas, a pedra oca e a corrente do rio...
O encontro com Mimo foi um encontro com - sigo mesmo e com o outro em si pois Lisete percebeu, naquele momento, a necessidade de nos assumirmos uns aos outros enquanto sujeitos interligados, neste mundo global, aqui representado pela floresta e por todos os eco-sistema que nela residem.
De vez em quando, os obstáculos surgem subrepticiamente, sem darmos conta (o desmaio) mas também, quase simultâneamente, chegam os adjuvantes com a sua luz forte de pirilampos para alumiarem e indicarem o caminho...
Lisete não os reconheceu logo como amigos e muito menos como tendo a capacidade de prestar ajuda, naquela situação tão melindrosa em que se encontrava: "afinal tu és apenas um insecto!" disse ela.
Contudo, também os insectos e os animais mais insignificantes, como no caso da formiga, no conto de Esopo, podem constituir-se como potenciais amigos, em dificuldades futuras, revelando-se extremamente importantes num quadro de difícil execução.... daí que o insecto lhe tenha retorquido: "- Não te deixes enganar à primeira vista. Os teus olhos e a tua mente podem pregar-te umas partidas."
Lisete, então, aceitou ser ajudada, por manifesta incapacidade de se iluminar a si própria. Estava triste e furiosa e quando isto acontece "Não consegue iluminar o corpo por mais que insista".
O valor da amizade, um sentimento de afeição mútua o colocar-se no lugar do outro para compreender as suas atitudes são pois os temas principais deste singela narrativa que tem por personagem central, mais uma vez, as FADAS!

domingo, maio 03, 2009

5º Encontro Lusófono de Literatura Infanto-Juvenil

Depois do sucesso das edições anteriores, a Câmara Municipal da Trofa promove, de 2 a 10 de Maio, o V Encontro Lusófono de Literatura Infanto-Juvenil.
Durante uma semana, a Casa da Cultura da Trofa recebe escritores, ilustradores lusófonos, exposições, encontros com escolas, formação, apresentação de livros e a IX Feira do Livro.Para esta edição marcarão presença os escritores e ilustradores Alexandre Parafita, Ana Bárbara de Santo António, Ana Saldanha, Inácio Nuno Pignatelli, José Cardoso Marques, Lourdes Custódio, Manuela Monteiro, Margarida Fonseca Santos, Marcus Tafuri, Ondjaki e Valter Hugo Mãe.
O encontro Lusófono continua com apresentação de livros, de destacar no dia 4 de Maio pelas 14h00 a apresentação do livro “A casa da Romãzeira – História com Abril dentro” texto de Manuela Monteiro. No dia 5 de Maio, pelas 11h30 será a vez do livro “Russa, a Bruxinha Tecedeira” com texto de Ana Bárbara de Santo António e ilustração de Isabel Menezes. A 10 de Maio, pelas 17h00 será apresentado o livro “Este lago não existe” de Vítor Burity da Silva.
Este blog exorta-vos a visitarem o município da Trofa onde poderão apreciar um trabalho de qualidade em prol do livro e da leitura.

domingo, abril 19, 2009

Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor

Estamos próximo de mais uma data importante no calendário do livro e da literatura.Dia 23 de Abril comemora-se o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor.Celebrando este dia as Nações Unidas procuram promover a leitura, a industria editorial e a protecção da propriedade intelectual. Partilhamos convosco o texto com que a UNESCO pretende comemorar esta data
Le 23 avril 1616, disparaissaient Cervantes, Shakespeare et Garcilaso de la Vega dit l’Inca. Ce 23 avril marque aussi la naissance, ou la mort d’éminents écrivains comme Maurice Druon, K. Laxness, Vladimir Nabokov, Josep Pla ou Manuel Mejía Vallejo. C’est pourquoi, cette date ô combien symbolique pour la littérature universelle, a été choisie par la Conférence générale de l’UNESCO afin de rendre un hommage mondial au livre et à ses auteurs, et encourager chacun, en particulier les plus jeunes, à découvrir le plaisir de la lecture et à respecter l’irremplaçable contribution des créateurs au progrès social et culturel.
L’idée de cette célébration trouve son origine en Catalogne (Espagne) où il est de tradition d’offrir une rose pour l’achat d’un livre. Le succès de cette initiative dépend essentiellement du soutien que peuvent lui apporter les milieux intéressés (auteurs, éditeurs, libraires, éducateurs et bibliothécaires, institutions publiques et privées, organisations non gouvernementales et médias) qui sont mobilisés dans chaque pays par l'intermédiaire des Commissions nationales pour l'UNESCO, les associations, centres et clubs UNESCO, les réseaux d'écoles et de bibliothèques associées et tous ceux qui se sentent motivés pour participer à cette fête mondiale.

quinta-feira, abril 02, 2009

Dia Internacional do Livro Infantil

Sonhos de Grandeza
O ilustrador Felipe Ugalde foi proclamado vencedor da segunda edição do Prémio Internacional Compostela para Álbuns Ilustrados, com uma obra chamada Sueños de Grandeza, em que o júri destacou a sua grande riqueza estética, literária, e o seu domínio da técnica plástica.
Este prémio foi, com toda a pertinência, conhecido pela altura do Dia Internacional do Livro Infantil lembrando-nos a importância que têm as histórias para os mais pequenos. São eles que, mais tarde, não farão esquecer o gosto pela leitura e pelos livros e contribuirão para o nascimento de comunidades leitoras que não só leiam mais mas que sobretudo leiam melhor.
O segundo e o terceiro prémios foram atribuidos respectivamente a Tommaso Nava e a Cecilia Afonso de entre 280 trabalhos de 22 países.

domingo, março 29, 2009

Ciclo da Fadas XII - Açafrão a Fadazinha Amarela

" Só pode ser mel de fadas" diz Cristina para a amiga, enquanto procuravam as fadas perdidas no jardim da dona Felizarda.Mas as fadas não produzem mel, são as abelhas e estas, segundo a mitologia representam a eloquência, a poesia e a inteligência como o interface terreno de uma face de uma moeda que, do outro lado, tem um alcance mais espiritual que é a ressureição e o seu papel iniciático e liturgico,no mundo ideal de Platão. (Chevalier & Gheerbrant, 1982)
A Fada Amarela fugiu! Sim ela fugiu para longe e foi então refugiar-se junto às abelhas pois sabia como elas são prudentes e ao mesmo tempo laboriosas no seu atelier, a colmeia, sublimando o pólen das flores em mel imortal.
As duas amigas da nossa história procuram então a Fada Amarela, que fugindo do Génio do Gelo se refugiou na Ilha das Quatro Estações. Sem a Fada Amarela e das suas outras companheiras "O país das fadas continuava gelado e cinzento até as sete Fadas serem encontradas e voltarem para lá."
Será que Cristina e Raquel conseguem encontrá-la? Bom, para isso terão que ler, até ao fim, o livro de Daisy Medows, da Editora Verbo, e provar o mel bafejado com pó mágico... Contudo, será bom precaverem-se dos duendes do Génio do Gelo pois as suas maldições são fortes e frias...


Bibliografia
CHEVALIER&GHREERBRANT (1982) Dicionário dos Símbolos. Lisboa, Editorial Teorema

quinta-feira, março 12, 2009

O Guarda-Rios (Gailivro)

As ilustrações apareceram bem longe no tempo, quando os egípcios inventaram os rolos de papiro e hoje em dia elas fazem parte de quase toda a nossa vida contemporânea, desde as revistas, passando pelos jornais até aos écrãs de computador! Contudo, no que diz respeito às ilustrações dos livros para a infância, elas preenchem mais do que a mera função de ilustrar um texto. Elas pretendem sim, ir mais além e iluminar (Goodwin, 2008) as palavras, interpretando-as e muitas vezes substituindo-as, como será o caso dos Albuns para a infância.
Estes, no dizer de Nodelman (1988) são livros que pretendem comunicar uma história " (...) through a series of many pictures combined with relatively slight text or no text at all (...)".
No livro, que agora estamos a dar-vos a conhecer, estas ilustrações saltam definitivamente para um plano superior, elas têm como objectivo pôr-nos em contacto com o inesperado, com a surpresa e com a ambiguidade, através das cores que nos aquecem, do desenho que salta a centralidade da página e se espalha pela borda da mesma e ainda pelo enquadramento que nos obriga a procurar sentidos, entre um desenho e outro.
O texto de Eugénio Roda apresenta-se despojado de todos os excessos verbais manifestando-se portanto contido nas palavras mas não profusão de ideas que manifesta sobre a criação do mundo e da vinha. As ilustrações de Cristina Valadas conseguem fazer passar o sentimento e a atmosfera dessa mesma revolta criação, feita de vermelhos, amarelos, laranjas e dos respectivas matizes e tons, que de uma maneira subtil, interagem quer com o desenho dos ramos da vinha a florir, quer com o texto onde " No princípio, tudo o que imaginamos verde...era vermelho. Terra de fogo queria ser azul(...)".

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Derivas de Fevereiro

Um evento refrescante quando o tema avassalador continua a ser a avaliação de docentes, claro!

sábado, fevereiro 21, 2009

Os três Porquinhos



Maravilhosamente bem contado e ilustrado, este album (picture story book) para a infância partilha aquilo a que Barthes chamou um texto semiótico. Cada página constitui-se como uma entidade própria que discute a narrativa visual dentro de um quadro significativo, que foca a habilidade para comunicar empáticamente através das cores, formas, planos e texto.
Este, pequeno, feito de frases curtas e simples é ladeado por estas ilustrações de Helga Bansch que se tornam elas próprias uma espécie de escrita pelo significância proporcionada e são "a kind of speech for us ... even objects will become speech, if they mean something"(Cotton, 2000:50).

A beleza pictórica das ilustrações são uma porta aberta para uma experiência frutífera, permanente e vivencial do amor pelos livros e pela leitura, bem como de uma apreciação estética pela literatura e pela arte através do estilo e do extraordinário vocabulário imagístico. A ênfase posta nos objectos importantes da narração - por exemplo, o caldeirão e o lobo - misturam - se com o tamanho dos caracteres impressos formando um todo indissociável e de inesgotável beleza estética.

As noções de amizade, solidariedade, espírito de inter-ajuda e partilha estarão também subjacentes nesta história tradicional que, como não podia deixar de ser, tem o lobo como principal alvo a abater.

" Com o lume na cauda e o rabo encarnado,

o lobo saiu da casa a gritar...
e assim está o conto acabado
para o lobo nunca mais voltar."


domingo, fevereiro 15, 2009

Salão do Livro de Pontvedra

De 1 de Fevereiro ao 15 de Março de 2009 o Salão do Livro Infantil e Juvenil está patente em Pontevedra, Galiza
O amor é o tema que centra este ano o evento e Portugal foi o país convidado para expôr os seus livros, as suas ilustrações e os seus escritores.
Exposições, conferências, actividades diversas e sobretudo muita literatura enriquecem o programa desta edição que conta também com a participação massiva de todas as crianças das inúmeras escolas que constituem este grande município, numa festa que se pretende de incentivo e promoção da leitura
QUEM AINDA NÃO FOI A PONTVEDRA AQUI FICA O CONVITE, POIS O TRABALHO DESENVOLVIDO MERECE O APLAUSO DE TODOS OS QUE SÃO AMANTES DO LIVRO, DA LEITURA, DAS CRIANÇAS E DOS JOVENS!

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

NOVO CICLO! As Bruxas! 1º andamento!


A BRUXA MIMI! - de Korky Paul! e Valery Thomas!
(Prémio do Livro Infantil)

" A bruxa Mimi vivia numa casa preta
no meio da floresta
A casa era preta por fora e preta por dentro.
A carpete era preta.
As cadeiras eram pretas.
A cama era preta e tinha lençóis pretos
e cobertores pretos.
Até a casa de banho era preta."

Assim começa a história da bruxa MIMI que tinha um gato que também era preto... Querem saber o resto da história?

ABACADABRA!

ABACADABRA!

ABACADABRA!

Não funciona! Que pena!
Então como saberemos o resto da história?
Fica a teu cargo caro leitor, descobri-la!

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Biblioteca de Livros Digitais

Foi criada a Biblioteca de Livros Digitais (BLD), cujas obras reúnem diversas vertentes que tornam a leitura particularmente apelativa, convidando os leitores a transformarem-se em escritores ou ilustradores e a partilharem as suas produções com os cibernautas inscritos na Biblioteca dos Livros da Malta. Neste momento, a BLD disponibiliza nove obras para diversas faixas etárias, desde o pré-escolar até à idade adulta, e está previsto que sejam disponibilizadas mais 35 durante o próximo semestre.
Além da leitura, cada obra apresenta vários “extras”, nomeadamente: cinema de animação, vídeo e áudio; uma apresentação animada das personagens principais; comentários de autores e ilustradores; uma leitura dramatizada da história; e, no final do livro, há um espaço que pode ser utilizado para escrever ou ilustrar, criando uma versão personalizada. Através do registo na Biblioteca dos Livros da Malta, os leitores podem, ainda, enviar e-mails aos restantes membros da comunidade virtual, recomendando livros e divulgando os textos que escreveram.
Nesta fase, a prioridade vai ser dada às obras destinadas às crianças entre os cinco e os sete anos e, de acordo com o Ministério da Educação, “o grande objectivo deste projecto, que envolve o Centro de Investigação para as Tecnologias Interactivas, o Plano Nacional de Leitura, a Rede de Bibliotecas Escolares e o Plano Nacional de Ensino do Português, é a criação de um instrumento que promova a leitura, tirando partido da natural apetência que os mais jovens têm pelas novas tecnologias”.
(notícia publicada no site do Ministério da Educação)

segunda-feira, janeiro 12, 2009

Histórias de imagens

Uma história visual é uma sequência de imagens que exige, da parte do leitor, relações entre os objectos e depois o desenho das inferências necessárias à sua compreensão.
Desde muito pequenas que as crianças conseguem fazer este feito notável o que permite aos ilustradores um largo espaço de manobra, para poderem exercer a sua criação, em todo o seu potencial.
Parte do acto de ler é saber que os primeiros estádios de uma história requerem dos leitores uma tolerância à incerteza do que vai acontecer. À medida que a história se desenrola somos confrontados então, com técnicas narrativas que estabelecem ligações entre os factos, que à partida seriam impossíveis de ligação e então, pela força dessas mesmas técnicas, somos levados a reconsiderar a informação e a reformular as nossas perspectivas.
Goodmann (1954:102) dizia a este propósito que " Stories have an overall structure: in the beginning anything is possible; in the middle things become more probable; in the ending everything is necessary".
De facto, é no final que se joga toda a história, que se decide se se quer tornar a lê-la ou se se vai colocá-la, na estante, para sempre. No caso das histórias por imagens esta decisão é condicionada pela posição e tamanho das personagens, pela centralidade ou marginalidade onde se colocaram, pela perspectiva gráfica (dimensional ou tridimensional) e pela ausência ou presença de horizontes credíveis. Uma súbita ausencia de horizonte pode significar perigo, o que não é o caso desta história onde o horizonte está bem delineado na capa, perto do sol que também tem a forma de coração!
Estes e outros factores, como sejam a moldura que circunda a imagem, que permite a identificação com o mundo dentro e fora da história são sugestionadores da aceitação ou negação do todo criado (história). Em O Meu Pequeno Coração a moldura providencia um espaço temporal e espacial que são o mesmo: o coração. Tudo gira à volta dele e da sua cor (rosa, vermelho , laranja) e à volta das expressões corporais das personagens que sugerem subtilmente os mundos possíveis reais das molduras afectivas quotidianas.

LED Text Scroller

Na minha terra conta-se que, no inverno, à lareira, quando ainda não havia as modernices de hoje, pais e avós juntavam-se para contar histórias. As mães diziam: Venham meninos vamos às contas! Claro que não eram só os meninos que se juntavam. Era a família inteira e mais os vizinhos e até os animais que lá por casa passeavam se aninhavam para saborear mais uma noite de histórias, contos, ditos e mexericos...