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sábado, junho 30, 2007

Elisabeth Baguley estudou literatura antes de se ter aventurado no ensino, como professora de língua materna. Começou a escrever para crianças, quando percebeu o poder que os livros tinham quando lia, ao deitar, para as suas filhas pequenas e isso permitiu-lhe desenvolver uma escrita simples, mas no entanto cheia de significado, no mundo em que vivemos. O livro Meggie Moon, que em português está traduzido por As Ideias da Bia, conta-nos a história de uma menina chamada Bia que com paciência, preserverança e inteligência consegue entrar no território dos rapazes e fazer valer o seu carisma, depois de eles lhe terem dito que: "Nós não brincamos com raparigas". Então, ela constrói um fantástico carro de corridas e um magnífico navio pirata que deixa os seus amigos rapazes cheios de admiração. Eles terão de admitir que ela, de facto, tem ideias brilhantes...

domingo, junho 17, 2007

Vem e abraça-me

Autor:Michal Snunit
Ilustrador: Vanessa Levy
Vega Editores
A linguagem do abraço foi a primeira que os homens conheceram há muito tempo, antes de falarem. É a linguagem dos sentimentos, uma linguagem que não tem forma de mentir.
Esta encantadora história poética lembra-nos como um abraço pode ser tão precioso e porque é que sentimos necessidade de abraçar as pessoas de que gostamos.
"Após o nascimento dos céus,
após o nascimento da terra,
aós o nascimento das plantas,
após o nascimento dos animais,
então nasceram as pessoas
e com elas nasceu também
a linguagem dos abraços,
cujo universo é o do AMOR.

sexta-feira, junho 15, 2007

O menino que não gostava de ler

No dia em que Leopoldo fez oito anos, os pais ofereceram-lhe dois livros, tal como acontecia em todos os aniversários desde que tinha nascido!
Contudo, Leopoldo não gostava mesmo nada de ler. O que ele gostava era de correr pelos campos e por isso preferia que lhe tivessem dado umas sapatilhas. Como ele queria umas sapatilhas!
O que acontece com Leopoldo acontece com uma boa parte das nossas crianças e jovens. Fogem dos livros e da leitura, têm papirofobia, diagnóstico que o psicólogo da história descobriu para o problema do Leopoldo.
O que fazer para remediar o problema? Como a própria história nos conduz, o Leopoldo necessitava de um bom mediador, alguém que lhe conseguisse fazer a ponte entre ele próprio e os livros, para que todas as letras negras não se transformassem "num aglomerado de formigas bêbadas que, sem nenhuma regra ou ordem, saltavam de um lado para o outro da folha."
Na sua fuga da casa paterna, Leopoldo encontrou um velho cego, sentado no banco do parque, que lhe contou as suas aventuras:
"Dando voltas à terra, tinham-lhe acontecido coisas absolutamente extraordinárias. Caçara baleias ferocíssimas de cores inacreditáveis, combatera contra os piratas da Malásia e do mar da China, escapara deles agarrando-se a um tronco, sobre esse tronco andara à deriva e chegara a uma ilha com um vulcão, uma ilhazinha perdida no meio do oceâno Índico. Ali conhecera selvagens que eram tão pequenos que cabiam na palma da sua mão, estes tinham-no eleito seu rei, mas também de lá tinha fugido..."
Este velho, cego, delicadamente e subtilmente, conseguiu a proeza da conciliação e da aproximação do Leopoldo com a leitura.
Quantos velhos cegos precisamos nós de ter?

domingo, junho 03, 2007

Os Mediadores de Leitura

Mediador, em latim - mediatore -, significa aquele que faz a média, que liga. Falando de leitura pode-se considerar que o mediadore do acto de ler é aqule que proporciona a aproximação de alguém a um texto e que fomenta posteriormente a continuação dessa relação.
Os principais mediadores de leitura são as famílias, os professores, e os bibliotecários e até os amigos e vizinhos que nos emprestam um livro.

Infelizmente, as famílias nem sempre compreendem este importante papel que lhes cabe e se fazem mediação ela restringe-se, a maioria das vezes, à primeira infância, desaparecendo à medida que as crianças crescem, deixando os jovens sozinhos, com a sua solidão, junto a um livro, como diz DanielPennac.
Infelizmente, também, muitas vezes os professores confundem o seu poder de mediação e transformam uma actividade que deveria ser de fruição estética e intelectual, numa actividade de respostas a questionários e de avaliação. Por outro lado, não têm consciência que, para além de mediadores, são também modelos muito poderosos, para as crianças e os jovens e que portanto devem ser vistos a ler e devem, sobretudo, mostrar o seu amor pela leitura.
Para se auto-motivarem para a leitura e ao mesmo tempo contribuirem para o modelling, os professores da Escola Diogo Cão, em Vila Real, criaram uma Comunidade Leitora a que chamam - Livros com Bolos - de que já tive oportunidade de falar neste blog. Falando-se de um livro aprecia-se também um bolo e um bom vinho generoso para que a leitura corra mais depressa!
Querem experimentar? Quintas feiras , às 16.30, na Sala dos professores...


sábado, junho 02, 2007

Dia da Criança

Que tal oferecer um livro às crianças no Dia da Criança?
O Dia da Criança foi criado em 1950, pela Federação Democrática Internacional das Mulheres, que propôs às Nações Unidas que se comemorasse um dia dedicado a todas as crianças do Mundo.
A ONU reconhecendo que as crianças, independentemente da raça, cor, sexo, religião e origem nacional ou social, necessitam de cuidados e atenções especiais, precisam de ser compreendidas, preparadas e educadas de modo a terem possibilidades de usufruir de um futuro condigno e risonho, propuseram o Dia 1 de Junho, como Dia Mundial da Criança.
Embora nem todas as crianças do Mundo tenham as mesmas oportunidades de viver uma vida digna, muito se tem feito e são inúmeras as organizações governamentais nacionais e internacionais, públicas ou privadas que apostam em programas de intervenção que levam alimentos e cuidados médicos pelo mundo fora.
Na Europa, depois da 2ª guerra mundial, para além de morrerem de fome e terem de trabalhar para contribuirem para a subsistência das suas famílias, metade das crianças não sabia ler nem escrever e 50 anos depois, hoje (!), as crianças europeias, na generalidade, têm oportunidades fantásticas a nível da alimentação, educação e saúde, proporcionadas por um período de paz continuada, conseguida pela construção da União Europeia.
Despojadas da necessidade de contribuirem para o rendimento familiar, pelo aumento do crescimento económico e do nível de vida, as crianças e os jovens contemporâneos partilham de uma infância e juventude mais consentânea com a sua condição e um dos benefícios deste bem-estar físico e social é a possibilidade de poderem aceder, também, a bens culturais, de que a literatura para a infância e juventude é um exemplo.
Se a literatura, hoje, se afirma cada vez mais, quer como uma componente essencial do desenvolvimento cognitivo e afectivo, quer como fonte de fruição intelectual, porque não oferecermos um livro às crianças, hoje, no seu dia?

LED Text Scroller

Na minha terra conta-se que, no inverno, à lareira, quando ainda não havia as modernices de hoje, pais e avós juntavam-se para contar histórias. As mães diziam: Venham meninos vamos às contas! Claro que não eram só os meninos que se juntavam. Era a família inteira e mais os vizinhos e até os animais que lá por casa passeavam se aninhavam para saborear mais uma noite de histórias, contos, ditos e mexericos...