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domingo, junho 03, 2007

Os Mediadores de Leitura

Mediador, em latim - mediatore -, significa aquele que faz a média, que liga. Falando de leitura pode-se considerar que o mediadore do acto de ler é aqule que proporciona a aproximação de alguém a um texto e que fomenta posteriormente a continuação dessa relação.
Os principais mediadores de leitura são as famílias, os professores, e os bibliotecários e até os amigos e vizinhos que nos emprestam um livro.

Infelizmente, as famílias nem sempre compreendem este importante papel que lhes cabe e se fazem mediação ela restringe-se, a maioria das vezes, à primeira infância, desaparecendo à medida que as crianças crescem, deixando os jovens sozinhos, com a sua solidão, junto a um livro, como diz DanielPennac.
Infelizmente, também, muitas vezes os professores confundem o seu poder de mediação e transformam uma actividade que deveria ser de fruição estética e intelectual, numa actividade de respostas a questionários e de avaliação. Por outro lado, não têm consciência que, para além de mediadores, são também modelos muito poderosos, para as crianças e os jovens e que portanto devem ser vistos a ler e devem, sobretudo, mostrar o seu amor pela leitura.
Para se auto-motivarem para a leitura e ao mesmo tempo contribuirem para o modelling, os professores da Escola Diogo Cão, em Vila Real, criaram uma Comunidade Leitora a que chamam - Livros com Bolos - de que já tive oportunidade de falar neste blog. Falando-se de um livro aprecia-se também um bolo e um bom vinho generoso para que a leitura corra mais depressa!
Querem experimentar? Quintas feiras , às 16.30, na Sala dos professores...


1 comentário:

Ana disse...

Não podia estar mais de acordo com o que escreveu. Os pais, os professores, os bibliotecários são mediadores entre o livro e a criança. Devem apresentar o livro como um instrumento de descoberta e de fruição, relacionado com a vida e não com o dissecar de um corpo sem vida através de perguntas de avaliação, questionários, análises exaustivas, leituras apressadas, impostas, pressionadas. Pennac tem razão. O verbo ler não suporta o imperativo.
Bjs
Ana T.

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Na minha terra conta-se que, no inverno, à lareira, quando ainda não havia as modernices de hoje, pais e avós juntavam-se para contar histórias. As mães diziam: Venham meninos vamos às contas! Claro que não eram só os meninos que se juntavam. Era a família inteira e mais os vizinhos e até os animais que lá por casa passeavam se aninhavam para saborear mais uma noite de histórias, contos, ditos e mexericos...