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sexta-feira, janeiro 12, 2007

ATENÇÃO PAIS E PROFESSORES

As crianças são como nós! Andam como nós, falam como nós, leem ou não leem, tal como nós!

Quando se trata de fomentar hábitos de leitura o melhor é o exemplo!

  • A palavra escrita, principalmente em formato livro, deve fazer parte de todos os nossos espaços vivenciais;
  • Uma ida à biblioteca ou à livraria é fundamental, mesmo que não se esteja a interessado em comprar ou a requisitar livros;
  • Parar para ler em voz alta um parágrafo ou uma expressão que nos toca, pela sonoridade ou pela ideia, transmite a experiência de que a leitura pode ser compartilhada;
  • Sobretudo é importante mostrar que a leitura é uma maneira divertida e construtiva de passar o tempo!

BOAS LEITURAS!


sábado, janeiro 06, 2007


Histórias a rimar para ler e brincar


Este livro que se destina-se essencialmente a crianças a partir dos seis anos de idade, é um misto de histórias repletas de magia, de cor, de sonoridades, de rimas, de sentimentos e emoções.
O valor da palavra enquanto palavra faz eco no seu ouvido e na sua memória e transmite sentimentos e valores como a solidariedade, a esperança e o sonho.
Existe a solidariedade dos animais que, em noite fria aquecem o Menino Jesus e transformam uma lágrima num sorriso.
Existem o sonho e a esperança, presentes no balão azul do Pedrinho qu ao voar, representa um sonho perdido e a esperança de o reencontrar.
Existe a cantiga que, em vão, procura uma rima no dorso de uma gatinha, ou a história de um duente, repleta de jogos de palavras e de efeitos sonoros.
Existe a amizade pela natureza, que se revela na humanização dos animais ou na transmissão de sons, cores e imagens, resultando numa forte conjugação de sensações.
Refere até uma crença popular transmontana, ao falar-se da borboleta branca ou amarela, que traz alegria, ou da borboleta negra, que, portadora de solidão e tristeza, o povo quer ver bem longe.
Será pois lícito afirmar que o leitor deste livro encontrará nele o fascínio das palavras, mas também, seguramente, um pouco do reflexo de um país e de uma cultura.
São histórias para ouvir, ler e contar e são decerto, histórias para perdurar...

quarta-feira, janeiro 03, 2007


Alexandre Parafita – «Memórias de um Cavalinho de Pau»

Conhecendo há já alguns anos a obra e o trabalho de Alexandre Parafita, um filho das terras transmontanas, foi com bastante agrado que li este conto “Memórias de um Cavalinho de Pau”.
É um conto para ser lido e relido, que agrada a crianças e adultos, porque é uma história deliciosa – o sonho e a fantasia – dão aqui que falar. É genuíno e como tudo o que é genuíno tem de ser respeitado por si só. Aqui, todos nós fazemos uma viagem à nossa infância através de um brinquedo que atravessa gerações – o Cavalinho de Pau – objecto “mágico”, como lhe chama o nosso autor.
Alexandre Parafita leva-nos a partilhar a paixão pela leitura e todo o ritual que lhe diz respeito e, que cada vez mais, é urgente reinventar. O que nos cativa de imediato é a felicidade sentida nas emoções das suas personagens.
As personagens são silhuetas recortadas sobre um pano de fundo que é a infância e numa região acolhedora de uma velha Quinta do Douro. E citando, «onde se sente o balancear constante bem ao ritmo dos sonhos e ilusões de uma criança.».
A alegria, a descoberta, o deslumbramento, a saudade, o regresso às memórias da infância, da família, ao aconchego, aos afectos estão aqui patentes de uma forma que nos toca com várias emoções. É, de facto, para todos aqueles que não se querem separar da ternura que só é possível sentir quando somos pequenos. Citando o autor uma vez mais: «com o desfiar de memórias deste brinquedo mágico, narra-se também a história fascinante de uma velha quinta do Alto Douro, onde se cruzam todos os encantos, aventuras e mistérios.».
Apesar de ser um lugar comum, não resisto a dizer que o que mais me fascinou é que, uma vez mais, houve um livro que li e que de imediato passou de um estranho, a um conhecido, a um amigo, como «aquele cavalinho que irradiava uma certa magia… que parecia emitir sentimentos de ternura capazes de me falar na alma.».
Este livro coloca uma vez mais Alexandre Parafita entre os escritores da nossa língua com uma escrita simples, cuidada e apaixonante e a quem orgulhosamente podemos chamar “nosso”!

terça-feira, janeiro 02, 2007

Literatura Infantil na Biblioteca Municipal de Vila Real

No âmbito das acções “Ler mais” do Plano Nacional de Leitura, as Escolas EB 2.3 Diogo Cão e Monsenhor Jerónimo do Amaral, juntamente com a União das Associações de Pais do Concelho de Vila Real, levaram a efeito, no auditório da Biblioteca Municipal de Vila Real, no dia 13 de Dezembro, a apresentação dos livros de literatura infantil de Alexandre Parafita, “Histórias a rimar para ler e brincar” e “Memórias de um cavalinho de pau”, publicados neste Natal pela Texto Editores.
A sessão, a que se associou o Governador Civil de Vila Real, Dr. António Martinho, e o Presidente da Câmara Municipal, Dr. Manuel Martins, entre outras individualidades, contou com a colaboração de crianças e jovens na apresentação das obras, uma missão a cargo das Dras Virgínia Coutinho e Fátima Barradas.
Virgínia Coutinho, que falou também em nome do Projecto de Língua Portuguesa da Escola EB 2.3 Diogo Cão, fez a apresentação do livro “Histórias a rimar para ler e brincar”, realçando o potencial estético das rimas e do ritmo das palavras como reforço da magia das histórias. Este factor, associado à beleza das ilustrações de Elsa Navarro, constitui, na sua opinião, uma excelente forma de cativar as crianças e seduzi-las para a leitura desde os seus mais tenros anos.
Do livro “Memórias de um cavalinho de pau”, que tem ilustrações de Bruno Santos, falou a Drª Fátima Barradas. Esta apresentadora enfatizou a dimensão imaginativa da história que liga três gerações de meninos, herdeiros de uma Quinta no Douro, meninos que tiveram em comum o mesmo brinquedo: um cavalinho de pau. As memórias deste cavalinho são, ao mesmo tempo, um pretexto para mostrar os encantos, as aventuras e os mistérios desta curiosa quinta, que o autor situa na sua terra-natal (Sabrosa).
Após a intervenção das apresentadoras, falou o Presidente da Câmara Municipal de Vila Real, que saudou mais este lançamento e todo o empenho do autor pela literatura para crianças. Ao mesmo tempo o Dr. Manuel Martins deixou uma nota de regozijo sobre a dinâmica que a autarquia vila-realense vem mostrando em torno da leitura pública, como é exemplo a recente inauguração da Biblioteca Municipal e a criação do Grémio Literário.
Interveio, de seguida, o Governador Civil de Vila Real, Dr. António Martinho, que leu alguns excertos dos livros apresentados, para procurar demonstrar a ligação íntima do autor às suas raízes, ao Douro especialmente. Lançou ao mesmo tempo o desafio aos professores, às escolas e, naturalmente, aos jovens, para que, através da boa leitura, consolidem os laços com a Região, com os seus valores, com a sua identidade.
No final, falou o escritor, que agradeceu aos organizadores desta sessão e, em especial, todos os gestos de generosidade e estímulo que tem recebido nesta Região. Alexandre Parafita confessou que escreve para crianças para sublimar a mágoa de ter deixado, precocemente, a profissão para que os seus pais o formaram: professor do primeiro ciclo do ensino básico. A necessidade de comunicar com as crianças e contribuir para a sua formação é, por isso, uma missão de corpo e alma. Algus dos seus livros são concebidos para crianças que ainda não aprenderam a ler, pois entende que para começar é preciso gostar de brincar com as palavras. Aprender a brincar com as palavras – disse o autor – é o primeiro passo para o prazer da leitura e da escrita.
Desta acção ficou, assim, uma nota clara de que a literatura infantil é um dos pilares fundamentais para a formação da criança, um princípio que o projecto “Ler mais” do Plano Nacional de Leitura pretende cultivar nas escolas e na sociedade.

LED Text Scroller

Na minha terra conta-se que, no inverno, à lareira, quando ainda não havia as modernices de hoje, pais e avós juntavam-se para contar histórias. As mães diziam: Venham meninos vamos às contas! Claro que não eram só os meninos que se juntavam. Era a família inteira e mais os vizinhos e até os animais que lá por casa passeavam se aninhavam para saborear mais uma noite de histórias, contos, ditos e mexericos...