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sábado, julho 25, 2015

Melhores Momentos 2014-15


 
A história desenrola-se à volta de um pequeno elefante cor-de-rosa, e começa com "era uma vez" como convém a todas as histórias...

O elefante era cor-de-rosa e toda a linguagem semiótica do texto e da imagem giram à volta desta cor dos mundos encantados, dos mundos "cor-de-rosa", onde o elefantezinho vivia a sua vida que era também cor-de-rosa, "entre pássaros azuis e manhãs de cristal...(...)". As próprias páginas rosa e largas do texto abrem o mundo à imaginação pictórica, onde cada um poderia pintar espacialmente esse mundo, como muito bem entendesse.

Era um mundo de danças e sem sofrimento, onde o tempo não podia medir-se e onde as flores (...) pareciam rir e os pássaros prolongavam, no seu canto, o eco de tanta felicidade". Ah, as flores, essas eram brancas, simbolicamente puras e ingénuas, como era todo aquele mundo de ilusão subtil.

Contudo, como na vida real, estes mundos de felicidade permanente nunca existem, tal como não existem elefantes cor-de-rosa ... Assim, o elefantezinho tem que dar simbolicamente um salto para a frente, para o desconhecido, e parte na cauda de um planeta à exploração do espaço.

Onde poderá viver? O que poderá fazer? O mundo como ele conhecia morreu, ele estava sozinho! Restava-lhe a nossa TERRA, a nossa realidade vulgar, onde os elefantes são presos "(...) dentro de jaulas, que são uma espécie de gaiolas".

A fuga à realidade parece impossível no mundo empírico-histórico factual mas, até nesse, a mensagem de esperança vem daqueles cuja aceitação da alteridade, do outro, é mais fácil de ser conseguida.

As crianças, com a sua inocência e fantasia, aceitam até a mais inverosímil cor do pequeno elefante e é lá, na sua imaginação, que ele escolhe viver para sempre!
 

Autor-Luísa Dacosta
Ilustrador - Armando Alves
Editora - ASA

sexta-feira, julho 24, 2015

A escritora angolana Yola Castro

A escritora angolana Yola Castro destacou, nesta sexta-feira, em Luanda, a importância do livro no meio familiar e na comunidade, por ser uma ferramenta indispensável na formação do homem e no desenvolvimento socioeconómico do país.



A escritora fez esse pronunciamento durante um encontro com estudantes do ensino primário da Escola número 1166, antigo Magistério Primário, no âmbito do projecto ”Leituras Públicas”, promovido pela União dos Escritores Angolanos (UEA) e a Comissão Administrativa da Cidade de Luanda.
Yola Castro referiu que a prática da leitura é “extremamente” importante por aumentar o nível de conhecimento científico e de cultura geral das pessoas, que poderão contribuir da melhor forma no desenvolvimento do país.
Na sua opinião, o processo de distribuição de livros, principalmente nas crianças, deve ser acompanha por sessões de leituras, para incentivar os menores a criarem o gosto pela leitura.
Essa acção, reforçou, ajuda a aumentar o grau de conhecimentos dos menores, assim como garante melhores resultados académicos dos alunos.
“Deve existir um maior número de actividades infantis em que as crianças possam interagir mais com os livros, visto que a leitura é um acto de intimidade entre o manual e o leitor, na qual o beneficiário é o próprio leitor”, argumentou.
Por sua vez, a directora da Escola 1166, Esperança Massango, enalteceu a iniciativa do projecto “Leituras Públicas”, por incentivar as crianças a terem hábitos de leitura.
“Esse tipo de actividade é importante, porque a pessoa que lê um livro nunca mais será a mesma, visto que aprende coisas novas”, salientou.
Apelou aos pais e outros encarregados de educação no sentido de comprarem, cada vez mais, livros infantis, assim como ajudarem as crianças a lerem e a interpretarem as histórias, para os menores ganharem hábitos de leitura.
O projecto “Leituras Públicas” tem o principal propósito de incentivar os alunos a ganharem o gosto pela leitura, através da promoção do diálogo entre escritores e estudantes.
Jornalista e professora de literatura infantil, Yola Castro tem no mercado seis obras, entre as quais, “A borboleta colorida e a linda joaninha” (prémio literário 16 de Junho, INALD-2003), “Colectânea do conto infantil e Vuvukyetu” e “Família Real”.
Yola Castro nasceu em Luanda, em 1977, e desde os 12 anos se dedica à literatura infantil.

Foto: Joaquina Bento
Agência Angola Press

SEMANA DA LEITURA 2016

ELOS DE LEITURA
 
A 10ª edição da Semana da Leitura propõe-se convidar as escolas das redes pública e privada a dinamizarem ambientes festivos que envolvam as suas comunidades educativas e a população em geral em iniciativas plurais, que deem visibilidade à leitura como prazer e a tornem presente em todos os momentos e em qualquer lugar.  A festa da leitura e do prazer de ler poderá ser, para os que assim o entenderem, uma oportunidade para se evidenciar a universalidade da Palavra e se criarem momentos de reflexão em torno de questões tão atuais como a globalização e o entendimento entre os povos.
Na verdade, a globalização coloca-nos hoje numa encruzilhada em que a diversidade cultural, base de sociedades multiculturais, nos obriga a repensar formas de diálogo entre culturas, que conduzam a um entendimento duradouro entre os povos. Entidades como a ONU ou a UNESCO inserem nas suas  agendas, como assunto fulcral, a necessidade de aprendermos a viver juntos, adquirindo  competências que nos permitam encarar com sucesso a complexidade de um mundo heterogéneo. Estamos perante a necessidade de novas abordagens que fomentem uma literacia cultural, salvaguarda do património comum da Humanidade. Olhar de frente a mudança global é aprender a pensar global. É na educação que devemos apostar para aprendermos a integrar a diversidade, no quadro do respeito e do entendimento mútuos.  A leitura suporta e  ilustra a diferença, o pluralismo e a multiculturalidade, criando elos de informação e de compreensão que nos ajudam a lidar com a heterogeneidade da Humanidade e a aceitarmos valores universais,  unindo-nos em torno dos direitos humanos, na construção de sociedades inclusivas.
Neste quadro, entre 13 e 19 de março de 2016, a Semana da Leitura vem desafiar, mais uma vez, as escolas a fazerem a festa do livro e da leitura. Tradicionalmente dinamizada no mês de março, esta iniciativa tem-se revelado um importante contributo para  evidenciar a leitura junto das crianças e dos jovens que frequentam as nossas escolas, marcando, simultaneamente, a sua presença junto da população em geral, quer pela aproximação das escolas às suas comunidades, quer pela intervenção conjugada de bibliotecas públicas e de diferentes entidades da sociedade civil que, voluntariamente, se associam a esta celebração anual.  A Semana da Leitura surge, pois, como uma grande festa, que envolve não só escolas e encarregados de educação, mas também autarquias, empresas, assim como escritores, artistas, jornalistas, atores ou individualidades públicas, que desenvolvem atividades de leitura junto das populações, ultrapassando-se em muito a velha sala de aula pela apropriação do espaço público - bibliotecas, mercados, praças, cafés, restaurantes, livrarias, papelarias, cabeleireiros ou jardins – que se tornam espaços de festa onde todos são bem-vindos e se criam “ELOS de LEITURA”. 

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Na minha terra conta-se que, no inverno, à lareira, quando ainda não havia as modernices de hoje, pais e avós juntavam-se para contar histórias. As mães diziam: Venham meninos vamos às contas! Claro que não eram só os meninos que se juntavam. Era a família inteira e mais os vizinhos e até os animais que lá por casa passeavam se aninhavam para saborear mais uma noite de histórias, contos, ditos e mexericos...