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terça-feira, maio 12, 2009

Ciclo das Fadas XIII

Era uma vez uma fada que se chamave Lisete que por não estar habituada a comer em demasia, caiu desmaiada a caminho do lago. Mimo, o velho castor seu amigo, ficou sem a ajuda habitual que Lizete lhe costumava prestar e por isso estava triste e quase a pensar que tinha sido abandonado à sua sorte.
Mas não, Lisete, com a ajuda dos amigos pirilampos, depressa chegou ao lago, atravessando os campos de papoilas, as árvores apaixonadas, a pedra oca e a corrente do rio...
O encontro com Mimo foi um encontro com - sigo mesmo e com o outro em si pois Lisete percebeu, naquele momento, a necessidade de nos assumirmos uns aos outros enquanto sujeitos interligados, neste mundo global, aqui representado pela floresta e por todos os eco-sistema que nela residem.
De vez em quando, os obstáculos surgem subrepticiamente, sem darmos conta (o desmaio) mas também, quase simultâneamente, chegam os adjuvantes com a sua luz forte de pirilampos para alumiarem e indicarem o caminho...
Lisete não os reconheceu logo como amigos e muito menos como tendo a capacidade de prestar ajuda, naquela situação tão melindrosa em que se encontrava: "afinal tu és apenas um insecto!" disse ela.
Contudo, também os insectos e os animais mais insignificantes, como no caso da formiga, no conto de Esopo, podem constituir-se como potenciais amigos, em dificuldades futuras, revelando-se extremamente importantes num quadro de difícil execução.... daí que o insecto lhe tenha retorquido: "- Não te deixes enganar à primeira vista. Os teus olhos e a tua mente podem pregar-te umas partidas."
Lisete, então, aceitou ser ajudada, por manifesta incapacidade de se iluminar a si própria. Estava triste e furiosa e quando isto acontece "Não consegue iluminar o corpo por mais que insista".
O valor da amizade, um sentimento de afeição mútua o colocar-se no lugar do outro para compreender as suas atitudes são pois os temas principais deste singela narrativa que tem por personagem central, mais uma vez, as FADAS!

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Na minha terra conta-se que, no inverno, à lareira, quando ainda não havia as modernices de hoje, pais e avós juntavam-se para contar histórias. As mães diziam: Venham meninos vamos às contas! Claro que não eram só os meninos que se juntavam. Era a família inteira e mais os vizinhos e até os animais que lá por casa passeavam se aninhavam para saborear mais uma noite de histórias, contos, ditos e mexericos...