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quarta-feira, abril 07, 2010

Leila


Esta história, de Sue Alexanfer, é um enredo de conflito entre uma menina de 10 anos, de natureza rebelde e um pouco selvagem e o seu pai, severo, como convém a um xeque das estepes do deserto árabe.
Contudo, esta é também a história de como se ultrapassam lembranças de entes queridos que já partiram: uns pelo esquecimento absoluto e outros pelas lembranças vividas e revividas...
O pai, Tarik, impõe um silêncio forçado e perturbador à volta da morte do filho, ameaçando de morte todo aquele que ouse evocá-lo. Leila, pelo contrário, como tudo à sua volta lhe lembra o ente querido, inicia um conflito interior que passa pela necessidade de contar as histórias do irmão a toda a gente, para que dele não se esqueçam, e a necessidade de obedecer ao pai, chefe da tribo e senhor de todos os desejos.
O tema da morte não é recorrente na abordagem dos autores de Literatura Infantil e Juvenil pelo que este autor e o seu ilustrador,Georges Lemoines, utilizaram imagens e frases tipo flash que no entanto conseguem produzir sentimentos fortes e arrebatadores lembrando-nos que, mais uma vez, é pela mão e da voz das crianças que devemos pautar as nossas condutas como adultos.

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Na minha terra conta-se que, no inverno, à lareira, quando ainda não havia as modernices de hoje, pais e avós juntavam-se para contar histórias. As mães diziam: Venham meninos vamos às contas! Claro que não eram só os meninos que se juntavam. Era a família inteira e mais os vizinhos e até os animais que lá por casa passeavam se aninhavam para saborear mais uma noite de histórias, contos, ditos e mexericos...