Na minha terra conta-se que, no inverno, à lareira, quando ainda não havia as modernices de hoje, pais e avós juntavam-se para contar histórias. As mães diziam: Venham meninos vamos às contas! Claro que não eram só os meninos que se juntavam. Era a família inteira e mais os vizinhos e até os animais que lá por casa passeavam se aninhavam para saborear mais uma noite de histórias, contos, ditos e mexericos...
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sábado, julho 25, 2015
O elefante era cor-de-rosa e toda a linguagem semiótica do texto e da imagem giram à volta desta cor dos mundos encantados, dos mundos "cor-de-rosa", onde o elefantezinho vivia a sua vida que era também cor-de-rosa, "entre pássaros azuis e manhãs de cristal...(...)". As próprias páginas rosa e largas do texto abrem o mundo à imaginação pictórica, onde cada um poderia pintar espacialmente esse mundo, como muito bem entendesse.
Era um mundo de danças e sem sofrimento, onde o tempo não podia medir-se e onde as flores (...) pareciam rir e os pássaros prolongavam, no seu canto, o eco de tanta felicidade". Ah, as flores, essas eram brancas, simbolicamente puras e ingénuas, como era todo aquele mundo de ilusão subtil.
Contudo, como na vida real, estes mundos de felicidade permanente nunca existem, tal como não existem elefantes cor-de-rosa ... Assim, o elefantezinho tem que dar simbolicamente um salto para a frente, para o desconhecido, e parte na cauda de um planeta à exploração do espaço.
Onde poderá viver? O que poderá fazer? O mundo como ele conhecia morreu, ele estava sozinho! Restava-lhe a nossa TERRA, a nossa realidade vulgar, onde os elefantes são presos "(...) dentro de jaulas, que são uma espécie de gaiolas".
A fuga à realidade parece impossível no mundo empírico-histórico factual mas, até nesse, a mensagem de esperança vem daqueles cuja aceitação da alteridade, do outro, é mais fácil de ser conseguida.
As crianças, com a sua inocência e fantasia, aceitam até a mais inverosímil cor do pequeno elefante e é lá, na sua imaginação, que ele escolhe viver para sempre!
Autor-Luísa Dacosta
Ilustrador - Armando Alves
Editora - ASA
sexta-feira, julho 24, 2015
A escritora angolana Yola Castro
A escritora angolana Yola Castro destacou, nesta sexta-feira, em Luanda, a importância do livro no meio familiar e na comunidade, por ser uma ferramenta indispensável na formação do homem e no desenvolvimento socioeconómico do país.

Na sua opinião, o processo de distribuição de livros, principalmente nas crianças, deve ser acompanha por sessões de leituras, para incentivar os menores a criarem o gosto pela leitura.
Essa acção, reforçou, ajuda a aumentar o grau de conhecimentos dos menores, assim como garante melhores resultados académicos dos alunos.
“Deve existir um maior número de actividades infantis em que as crianças possam interagir mais com os livros, visto que a leitura é um acto de intimidade entre o manual e o leitor, na qual o beneficiário é o próprio leitor”, argumentou.
Por sua vez, a directora da Escola 1166, Esperança Massango, enalteceu a iniciativa do projecto “Leituras Públicas”, por incentivar as crianças a terem hábitos de leitura.
“Esse tipo de actividade é importante, porque a pessoa que lê um livro nunca mais será a mesma, visto que aprende coisas novas”, salientou.
Apelou aos pais e outros encarregados de educação no sentido de comprarem, cada vez mais, livros infantis, assim como ajudarem as crianças a lerem e a interpretarem as histórias, para os menores ganharem hábitos de leitura.
O projecto “Leituras Públicas” tem o principal propósito de incentivar os alunos a ganharem o gosto pela leitura, através da promoção do diálogo entre escritores e estudantes.
Jornalista e professora de literatura infantil, Yola Castro tem no mercado seis obras, entre as quais, “A borboleta colorida e a linda joaninha” (prémio literário 16 de Junho, INALD-2003), “Colectânea do conto infantil e Vuvukyetu” e “Família Real”.
Yola Castro nasceu em Luanda, em 1977, e desde os 12 anos se dedica à literatura infantil.
Foto: Joaquina Bento
Agência Angola Press
SEMANA DA LEITURA 2016
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Na minha terra conta-se que, no inverno, à lareira, quando ainda não havia as modernices de hoje, pais e avós juntavam-se para contar histórias. As mães diziam: Venham meninos vamos às contas! Claro que não eram só os meninos que se juntavam. Era a família inteira e mais os vizinhos e até os animais que lá por casa passeavam se aninhavam para saborear mais uma noite de histórias, contos, ditos e mexericos...